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9/11/2014

FUNERAIS


Silenciosa a tarde se estremece
Nos estertores de uma dor imensa!
Só murmúrios no ar. Quanto padece
Na agonia mortal, cruel, intensa.

Nem um raio de sol à terra desce!
E os sinos evocam a voz da crença;
Nuvens ajoelhadas fazem prece
Na mais sutil e doce indiferença.

As flores tristemente estão chorando!
E pelo espaço infindo e desolado
Enorme véu de sombras vem descendo.

E do regato as águas vão rolando
Num gemido de dor, angustiado
Tudo porque o dia está morrendo.

Bernardina Vilar
In ‘Bom dia, Saudade!’ (1995)

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