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9/05/2014
SILÊNCIO, CORAÇÃO
Não bate, coração, que eu tenho medo
De que batendo assim descompassado,
Tu venhas descobrir o meu segredo
Que bem no teu escrínio está guardado.
Há muito acalentei meu sonho ledo
Que a ti somente tenho confiado
És tu que representas seu degredo
Que não deve a ninguém ser revelado.
Silêncio, coração! Meu amor dorme!
E eu suporto calada o peso enorme
Desta, dor que jamais manifestei.
Portanto, coração, eu te proclamo:
- Não descubras a quem eu tanto amo
N em digas a. ninguém por quem chorei!
Bernardina Vilar
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