Já nada resta do viver de outrora!
O tempo destruiu sem piedade
Tudo quanto de bom na doce aurora
Da existência, era paz, felicidade.
Do jardim que era lindo resta agora
A terra ressequida. É bem verdade
Que a casa ainda lá esta, embora
Tão diferente! (Decifrar, quem há de?)
Murcharam de tristeza as esperanças!...
Nos olhos o que ainda brilha é o pranto
Refletindo uma dor que o peito invade.
Dos entes tão queridos, só lembranças!
Eles se furam conduzindo o encanto
Da minha vida. Só ficou saudade.
Bernardina Vilar
In ‘Bom dia, Saudade’ (1995)
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