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9/05/2014

O SERTANEJO


Nos ermos dos sertões áridos, quente,
Enfrentando as agruras do destino,
Corajoso, incansável, forte, crente,
Sempre a esperar trabalha o nordestino.

Espera a chuva que do céu lhe venha
E esperando com fé a terra ajeita.
Mas se a chuva não vem não se desdenha
Olha pra frente e aguarda outra colheita.

O pão lhe nega a terra ressequida
Fita, o céu descampado, sem bonança
E avança sem cessar na dura lida.

Confiante, em esperar por Deus não cansa.,
E ao declinar do pôr-do-sol da vida
Morre abraçando a última esperança.


Bernardina Vilar

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